Divulga-se que a Federação de partidos PT/PV/ PCdoB terá reunião esta semana para discutir as eleições do próximo ano. É um movimento democrático. O calendário eleitoral empurra a movimentação por espaços políticos. Para depois abrir-se conversações e negociações.
Não há outro jeito: as três legendas terão que lançar apenas um candidato. Ou não lançar nenhum. Aliás, o PT governista vem discutindo o assunto.
Se deixarem a Federação, abrirão mão de algumas coisas como o fundo partidário e eleitoral. Ainda que ambos possuam em seus quadros lideranças expressivas e críveis.
A Federação tem outras questões colaterais a enfrentar. PV e PT, por exemplo, são aliados do governo do Republicanos.
Ou convencem o governador Wanderlei Barbosa, ou serão convencidos a aceitá-lo na sua escolha. Ou deixam a aliança.
Na prática política, esse negócio de separar alianças municipais e estaduais é papo furado. Ou se é aliado, ou se é adversário. Todos tem cargos no governo que são pescadores de votos nas cidades. A eleição de 2026 depende, em larga medida, dos resultados de 2024.
Desde as eleições do ano passado os partidos, internamente, foram divididos nas suas ações externas. Parte defende o governo, a outra fica com a militância.
O PV tem o secretário do Meio Ambiente, Marcelo Lélis e o secretário-chefe da Casa Civil, Deocleciano Gomes.
E, claro, a deputada Cláudia Lélis que apoiou Wanderlei contra o candidato petista desta mesma Federação, o ex-deputado Paulo Mourão, ao Governo. Igual movimento do presidente regional do PT, então deputado Zé Roberto.
O PCdoB junto com PV e PDT deram a Marcelo Lélis (candidatura a prefeito) em 2020 tão somente 4.281 votos. A 7ª votação em 12 candidaturas.
Uma votação de vereador. Marilon Barbosa reelegeu-se na Câmara de Vereadores ccom 2.953 votos naquela eleição. Pedro Cardoso 2.925 e Janad Valcari saiu com 2.083 votos.
E o PT (com João Vilela) teve apenas 3.402 (a 8ª votação). Somando os dois não deu um Gil Barison (7.654 votos), do Republicanos. Até então um ilustre desconhecido.
Resultado de eleições não são uma constante. Movem-se os números em função, grande monta, das circunstâncias.
Da mesma forma que as circunstâncias apontam para que este grupo se movimente em busca de vagas na Câmara.
Dado que essa guerra de movimentos (de todos os partidos) se constituir, pelas evidências, apenas uma tática dentro de uma estratégia maior.
E aí, como nas eleições de 2022, a Federação seguirá o fluxo que seguirá ao Palácio.